Novo visual

Já devem ter reparado que o blog está com uma nova cara. Não só mudei a template, como adicionei uma imagem de cabeçalho diferente. Quis mudar um pouco o visual e fazer algo que pudesse usar tanto neste site como no blog em inglês, mas que fosse ligeiramente diferente em ambos.
O blog ainda não está exactamente como quero, mas aos poucos vou fazendo adaptações para melhorar a sua usabilidade.

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Não sei se recordam do Viridis (o meu muso) e da Caeruleum e Purpurissum (as ajudantes do muso), dos Momentos aqui do blog, mas são eles que estão retratados na imagem do cabeçalho.

Que acham do novo visual do blog? Adorava saber a vossa opinião.

Se estiverem curiosos, visitem também o blog em Inglês para verem um cabeçalho ligeiramente diferente.

Luta de Vontades (Semanário 122)

Depois de 121 semanários há uma coisa que aprendi (à força). Há semanas em que consigo fazer tudo e conciliar cada uma das mil e uma coisas que a vida exige de mim, mas outras semanas há em que o tempo parece não chegar para nada.
A semana que passou ficou-se pelo meio termo. Na verdade não avancei em nada com as revisões de “Alma“, mas em contrapartida não posso dizer que não fiz nada, pois estive a trabalhar em banda desenhada.
Não!, não voltei a dar prioridade à BD em prole da escrita (como fiz durante os anos de 2004 e 2008), mas uma data especial está aí à porta e eu estou a preparar uma pequena surpresa (para quem depois quiser ver). Claro que não se faz nada sem trabalho, por isso tive de pôr um pouco de parte a escrita. É temporário, pois a tal data especial está aí mesmo à porta e depois disso devo voltar (mais ou menos) à rotina habitual.

Mas, só para contar algo em concreto sobre a passada anterior: já vos aconteceu terem tanta vontade de escrever uma coisa, que só vos apeteceu largar tudo o que estavam a fazer?
Pois foi o que me aconteceu na quinta-feira passada.
Não foi uma história nova, mas, por alguma razão, quando estava a ver algumas das minha ilustrações, surgiu uma vontade avassaladora de escrever o guião para o meu ‘pet-manga‘, “Lobo & Dragão“. A nostalgia foi tal, que tive mesmo de ir à capa do projecto, reler as últimas versões de guião que tinha escrito e resumos que tinha reunidos. Estive a um passo de começar a escrever novo guião, mas … depois parei e pensei. Estava já a trabalhar numa BD, tenho de fazer as revisões em “Alma” e tantas outras coisas. Por isso racionalizei a minha vontade e disse para comigo mesma «Se depois de amanhã a vontade ainda for a mesma, começo a escrever», pois há momentos inspiradores em que não vale a pena prender a/o musa/o.
Dois dias depois a vontade tinha diminuindo significativamente, embora as ‘saudades’ ainda se mantivessem, tive a vontade suficiente para me negar a tal regozijo, pois sei que escrever o guião do “Lobo & Dragão” seria algo tão grandioso como escrever uma novela, já que esta banda desenhada está planeada para ser enorme.
Tive pena, Oh!, se tive, mas como sempre as escolhas penalizam algo e no meu caso acabam quase sempre por ser as novelas gráficas as penalizadas. Talvez para o ano … talvez …

Nos meus blogs Floresta de Livros e Asas da Mente:
– “Agnes and the Hitman“, de Bob Mayer e Jennifer Crusie;
– Booking through Thursday – Fluff;
– “Visions of Heat“, de Nalini Singh;
– “The Cannibal Princess“, um conto de Nalini Singh;
Trabalhos em Progresso;
– “Entre os Assassinatos“, de Aravind Adiga;
– “Zombie“, de Mike Raicht.

No exterior:
The three best pieces of advice I’ve ever received, no blog de Kate Noble;
The benefits of a clueless character, no WordPlay;
Depth, no blog de Patricia D. Wrede;
That Awkward Moment When You Realise Your Novel Has Already Been Done, no A Novel Idea;
– Os escritores e a fama, no …Viajar Pela Leitura… (em relação a este post);
Held together with string, no blog de Anna Raffaella;
Goals & Time Mangagement, no Rhemalda Publishing;
If You’re Discouraged Because Your Writing Sucks, no Writer Unboxed;
What’s wrong with sex?, no A Newbie’s Guide to Publishing;
Riding the wave of a trend, no Rhemalda Publishing;

Momentos 04

momentos_01Isto tem andado tão calmo.
O Virilha foi de férias.
É Viridis! E não fui de férias.
Mas não tens trabalhado como deve de ser.
Eu até já aumentei o número de “tea times” diários.
Há alturas assim. Até as musas precisam de pausas…
Kit-kat!
Para colocar as ideias em ordem. Dizia eu.
Quero ver isso.

E cá estamos nós, de volta a mais  um interlúdio. Desta feita o tema é a Invasão da mente. E não. Não me refiro a invasões extra-terrestres.

Algo que me acontece muitas vezes (e que imagino ser característico de grande parte dos escritores (amadores incluídos)) é o estar naquela fase do quase sono e ter uma ideia fantástica para uma cena fenomenal num novo projecto que me surgiu do nada.
O que acontece?

Levanto-me. Tropeço no baú e guincho porque sei que vou ter o joelho pisado no dia seguinte. Corro a alcançar um caderno e vasculho por uma caneta que está no seu sítio de sempre mas que eu falho em encontrar. Lembro-me finalmente de ligar a luz (visão iluminada esta, não).
Escrevinho no papel pautado ou liso (depende de qual me cair nas mãos primeiro), em letra ridiculamente ilegível e que provavelmente não entenderei na manhã seguinte.
Recordo-me que me esqueci de colocar os óculos quando dou por mim a colar o rosto à folha ao mesmo tempo que escrevo. Não me dou ao trabalho de os colocar, mas resmungo porque me doem as vistas. Termino.
Deixo o caderno aberto à frente do computador e a caneta a balouçar em cima dela, prestes a cair a qualquer instante.
Apago a luz e volto para a cama. Aconchego os lençóis. Fecho os olhos numa tentativa fútil de voltar ao estado pré-sono.
Passam-se minutos e eu finalmente consigo voltar ao ciclo que me permitirá dormir até de manhã.

Mais uma ideia!

Ergo-me com um salto. Quem sabe a ideia não foge antes de eu alcançar o papel?
Tropeço novamente no baú. Saltito até à mesa do computador, massajando o meu tornozelo. Desta vez lembro-me de ligar a luz e rapidamente escrevo o que está a ocupar-me a mente.
Sinto-me pronta para tudo. A vontade de ligar o computador e começar a teclar é enorme e nem as dores de cabeça, fruto da falta de óculos, me demove dessa ideia.
Olho para o relógio. São 2,30h da manhã. Acabo de expor as sequências no papel e volto para a cama. Esqueci-me de apagar a luz. Prontos! É desta que durmo!
Deitada de papo para cima, não tenho vontade de fechar os olhos e as imagens da minha história começam a passar à frente dos meus olhos, como uma autêntico filme numa sala de cinema, com sistema 3D incorporado e tudo.
Viro-me para a esquerda.
Rebolo para a direita.
Ajeito as calças do pijama que entretanto já estavam quase na parte contrária do meu corpo e a meio das pernas, sem que eu percebesse muito bem como isso se tinha passado.
Dou voltas e mais voltas até que, sem me dar conta, acabo por adormecer.

No dia seguinte olho para os papéis em que apontei as minha sonolentas novas ideias. Não entendo metade do que lá está escrito, mas felizmente ainda tudo está fresco na minha memória. Decido apontá-las digitalmente. E lá vou eu toda contente escrever no documento “Ideias”, a juntar à enorme pilha que lá se acumula de dia para dia.

Será que algum dia poderei escrever tudo aquilo de forma satisfatória?
Talvez!
Mas é provável que não. Quando chegar a altura de isso acontecer, é fácil de imaginar que ache as ideias já caducadas ou que tenha outras mais recentes, mas aliciantes, mais imediatas.
Devo então ter pena das pobres ideias que nunca sairão da gaveta (hardrive)?
Não!
Devo limitar-me a fazer o melhor que posso e dedicar-me ao que me parece mais promissor, ou que simplesmente me puxa mais naquele momento. Haverá um tempo em que abrirei esses velhos ficheiros, esboçarei um sorriso e direi “Lá ideias nunca me faltaram!”.

Por isso armazeno, na esperança de poder desenvolver todos esses pensamentos, todos esses conceitos, todas essas cenas, personagens, situações, sentimentos, essas histórias que me invadem na calada da noite e perduram por muitos anos.
Quando não mais delas me lembrar, abro os ficheiros ou as capas e releio. É como se estivesse a ser invadida novamente.
Porque a musa nunca esquece. E o Viridis é nocturno e gosta de me manter acordada a noite toda.

Viríl, que andas a fazer com a nossa Ana?
Senhor Virilha. Como pôde.
Pude o quê?
Sabes muito bem o quê. Nunca pensei…
Estou chocadíssima.
Nós não estamos todos em sintonia, pois não?

Deixa lá Viridis. Só se é jovem uma vez! E eu não me importo de ter um muso que só trabalha à noite.

Semanário 26

semanário_20A semana passada foi, no mínimo, estranha.
Lembram-se que eu disse que ia fazer uma pausa no “Angel Gabriel“?
Pois …
Mas as minhas musas pareceram não ter gostado lá muito dessa ideia e o meu cérebro trabalhou 24 horas por dia neste projeto.
Não estou a brincar!
Eu sonhava com a Amilda e os restantes personagens.
Fiquei parva!
Pior de tudo é que agora tenho tantas ideias que acho que um só volume não chega. E se decidir pôr em prática tudo o que quero, então das duas uma:
1) Escrevo 1 volume do tamanho de um bloco de cimento (500+ páginas)
2) Escrevo dois volumes mais pequenos e tenho de encontrar um ponto para partir a história a meio.
Agora o facto é que eu não quero dividir a história em duas. Ou seja, tenho outras duas hipóteses:
1) Não aplico a maioria das novidades, e limito-me a melhorar o que já tenho
2) Aplico tudo e fico com um livro maior do que o desejado.

Só que eu, teimosa como sou, não vou fazer nem um, nem dois e muito menos quatro. Vou ficar quietinha, como tinha decidido, e esperar que a poeira assente.

Ainda está tudo muito fresco e por isso é que eu quero fazer tudo e mais alguma coisa. Preciso concentrar-me noutra coisa durante um mês e depois vejo qual destas ideias ainda prevalece.
Se bem que, já estou mesmo a ver-me a escrever o dobro das páginas que até aqui fiz. Não tenho emenda e acho que não vou ficar satisfeita até lá.
E, bem, não garanto que durante esta semana não acabe por sucumbir às musas e me ponha mesmo a escrever para o “Angel Gabriel” novamente.
Não é que seja mau, mas eu sei que preciso da pausa. Só que também tenho medo de depois perder a veia artística que corre neste momento.
Dilemas … dilemas …

Entretanto estou a a ler “On writing” de Stephen King. Pode ser que leia uns bons conselhos.

Momentos 03

momentos_01Oho! hoje somos os protagonistas.
Eu não gosto de ser o centro das atenções.
Quem falou de ti? Estava a referir-me a mim e ao … qual é mesmo o nome dele?
Pergunta-lhe!
Acho que o vou apadrinhar de Black.
Não era mais fácil perguntar-lhe?
Para quê? Ele nunca diz nada!
Isso não é bem verdade.
Claro que é! Observa.
Yo, Black, afinal qual é o teu nome?

Vês? Eu bem te disse.
Acho que ele está zangado.
Não está nada! Lá estás tu a fazer filmes …
Mas ele tem uma estranha aura vermelha à sua volta. Olha!

Aquilo é um efeito todo catita. Nada que o Photoshop não consiga fazer.
Acho que vejo umas veias a saltar-lhe da testa …
Não sejas parva. O Black é a calmaria em pessoa. Nada no mundo o deixaria irritado. Não é Black?
O meu nome é Bond, James Bond Viridis.
VÍRIL?
Vi-ri-dis. É verde em latim.
Víril … Oho … as possibilidades …
Já disse que é Viridis!
Não vale a pena, virilha ...
VIRIDIS!
Ou isso!

E aqui termina a auto-introdução do trio maravilha. Purpurissum, Caeruleume Viridis, as duas ajudantes de musas  e o MUSO (o verdadeiro e único) do meu subconsciente. Chamemos-lhes apenas Pu, Ca e Vi, sim?

Nem pensar!

Donde saiu uma ideia tão estúpida?
Não.

Realmente … Pu soa mesmo mal e Ca parece um local, já para não falar que Vi parece nome de rapariga. Vamos ficar por P, C e V. Está bem assim? (Se fosse PVC …)

Que é essa merda? ‘Tás-te a passar?
Não sei que diga, mas é ridículo sugerires isso.
V de Vendetta … não parece muito mal!
Cala-te Víril!
É Viridis!
Ainda agora era Vendetta. Em que ficamos?
Ok! V talvez não seja a melhor escolha…
Bem me parecia.

Prontos, está bem! Já aceitam se for Purp, Caer e Viri?

Assim está melhor! Caer, tem estilo!
Purp soa um pouco estranho, mas prontos …
Não sei.
Víril! Estás condenado!
Já disse que é Viridis.
Não vale a pena Virilha.
Viridis!

Bem, agora que já calamos ultrapassamos este problema, vamos à descrição destes peculiares ajudantes à criatividade.
Purp e Caer são gémeas. Cópias autênticas uma da outra, que por sua vez são uma versão chibi (super-deformed, cartoon) de mim mesma.
As características que as distinguem são, para além da óbvia forma de dialoguar, o facto de que ambas têm um corno no centro da testa, mas no caso da Purp é um vermelho e na Caer é um azul.
Ambas têm também duas asas no lugar das orelhas. Uma preta do lado direito e uma branca do lado esquerdo. Isto significa equilíbrio entre o bem e o mal.

O Viri deve ter uma vertente emo. Passa a vida enfiado nos cantos, coberto pela escuridão e quando surge vem sempre com cara de poucos amigos. Não cortas os pulsos pois não?

Não.

Ainda bem!
Passando à frente. Como dá para perceber, o Viri é o mediador do grupo. Sempre calmo e composto, é ele quem põe um ponto final nas constantes disputas das outras duas. Prefere manter-se à margem das coisas, apenas interrompendo quando acha absolutamente necessário. Não é lá muito falador. Coitado … deve-se ver às aranhas com estas duas.

Hey! Estás a falar de mim?
Não sejas má!
Não sejas é parva! Quem é que é difícil de aturar?
Comecemos por ti e acabemos contigo, está bem?
Estás a falar comigo, sua amostra gratuita de musa?
De quem mais poderia estar a  falar?
Do teu reflexo no espelho, minha anormalidade genética!
Que falta de educação! Eu conheço-te de algum lado, sua aprendiz de musa?
Como é que é? Repete lá isso!

Vá meninas, acalmem-se lá de uma vez. Estamos a fugir ao tópico.
CALA-TE!
*POW*
*POW*

Onde é que estávamos?

Muito obrigada, meu querido Viri. És um negociador nato!
Continuando …
A Caeré, claramente, uma mal educada de todo o tamanho. Diz tudo o que lhe vai na mente mas normalmente é muito positiva e é a que mais me incentiva a prosseguir. Mas claro, sempre com uma linguagem muito própria pelo meio. é ela que me impede de fazer um livro onde toda a gente morre (uma ideia constante na minha mente e na do Viri).
Já a delicadaPurp, bem … ela é uma snob! Sempre de nariz empinado, tem a mania que sabe tudo e está sempre do contra. Mas sempre mesmo! É ela que me impede de fazer um livro todo primaveril, cheio de felicidade e Mary-Sus.

Como podem ver, os três complementam-se. e em conjunto dão-me ideias fenomenais para o enredo, as personagens e os diálogos.

Personagens …
Olha que ainda não percebi como pudeste abandonar assim o Gabriel.
Ai o Gabriel …
Aquele GATO!
Ai, ai …
Não sei porque é que vocês se babam para ele. Nem sequer é perfeito.
Quem quer perfeição quando se tem um gajo daqueles nos braços?
A perfeição não existe, virilha!
Viridis!
Ou isso. A perfeição é só uma palavra bonita que define algo de intangível. Assim como o infinito!
Lá está ela com as suas filosofias …

E ficaram agora a saber que as duas meninas da claque adoram de morte o Gabriel (Angel Gabriel).
Viri isso é tudo ciúmes?

Eu não tenho ciúmes de uma personagem ficcional.
Bah! Fala o MUSO!
Ao menos eu penso por mim próprio.
Olha o que te vale é que tens um corpinho jeitoso, senão eu e a P já te tinhamos posto daqui p’ra fora. Não é P?
Purpurissum, por ser para ti.
Cala-te snob de uma figa!
Snob? Isso é um ultraje!
Ultraje? Quem é que usa essa palavra, hoje em dia? SNOB!
Meninas, acalmem-se!
CALA-TE!
Não querem ir parar novamente à enfermaria, pois não, meninas?
Não stresses, Víril!
Viridis!
Sr. Virilha, faça o favor de não se exaltar. Nós somos duas ladies. Bem … pelo menos eu sou.
Lady! Não me faças rir!
Meninas …
Sim senhor V.

E hoje ficamos por aqui. Já sabem mais um pouco sobre o trio. Cada um mais doido que outro. Espero que esta pequena viagem pelos meandros da minha mente não tenha sido muita chata. Mais virá numa próxima sessão exclusiva com os três (talvez).

Foi um prazer conhecerem-me, não foi?
Para a próxima tens que combinar estas coisas com mais antecedência. Eu tenho uma agenda muito preenchida.

P.S.: Purpurissum, e Caeruleum são palavras em latim que significam Vermelho e Azul, respectivamente. Muito imaginativo, certo?

Momentos 02

momentos_01Hoje algo mais polémico …
Polémico? Eu não quero cá coisas dessas!
Quantas vezes já te disse para não me interromperes?
Já perdi a conta …
Pois então cala-te!
Mas essas coisas dão sempre barraco. As polémicas, claro está …
Exactamente!
Queres problemas?
O que é a vida sem um problema ou dois?
Uma maravilha … talvez …
Bah! Isso é para covardes.
Tu não tens emenda …
E tu és uma insuportável do cara&%$
Mal educada!
Antes isso que uma insossa que tem medo de dizer palavrões.
Eu não tenho medo! Só não gosto … é porco!
Porca és tu!
Eu não estava a falar de ti!
Vai dar no mesmo,  sua …
«Programa interrompido por problemas técnicos. Regressamos assim que tudo voltar à normalidade.»

Recentemente vi-me confrontada com um dilema estranhamente polémico (não muito, mas prontos).
Acho que já aqui referi que no Angel Gabriel escrevi não uma, mas duas cenas de sexo. E o meu dilema reside exactamente aí!
Depois de pensar um pouco no assunto dei-me conta que nunca li, num livro, uma cena de sexo pormenorizada. Deixem-me explicar … nunca li nada que fosse muito além do “ele possuiu-a com ardência“. Para meu espanto, nem naqueles pequenos romances que vinham junto com a “Maria” e a “Ana“, que podem ser chamados de romances eróticos, eu vi cenas descritas ao pormenor.
O que quero então saber é: Até que ponto posso descrever uma cena destas sem correr o risco de o romance ser etiquetado de “erótico” ou “pornográfico?
Será que nos tempos em que vivemos os leitores ainda são tão púdicos que não aguentam ler uma ou outra cena sexual realisticamente descrita, sem pensarem demasiado no assunto e a cataloguarem como “pornográfica”?

Andei a pesquisar na web, porque pode ser pura coincidência que a literatura que consumo não tenha esse tipo de situações, mas sinceramente fiquei a saber o mesmo.
Por isso, correndo o risco de ouvir o que não quero, pergunto a vocês … conhecedores da literatura (sim tu aí que nem lês muito, mas percebes alguma coisa) até onde pode ir a descrição de uma cena sexual num livro para jovens/adultos? É que sinceramente se tiver de cortar no que escrevi vou chorar (ou pelo menos bater com a cabeça na parede).
Eu quero acreditar que vivemos numa sociedade que não rejeita um livro por causa disto, mas vá-se lá saber o que vai na cabeçoados outros.

E é este o tema polémico (nem tanto) … deixei-vos tão intrigados e no fim sai-vos isto, hem?
Não me batam!

P.S.: Aquelas duas vozes que aparecem no início destes “Momentos” são as minhas duas musas e o “comentador” é o terceiro muso (o único macho) que só se mete quando a coisa fica mesmo preta. Um dia fala-vos um pouco mais deste trio maravilha de arruaceiros.

Semanário 14

semanario_8Esta semana até foi bastante produtiva! Não tanto como poderia ter sido, mas o suficiente para eu ficar contente comigo mesma.

Contagem “Angel Gabriel”: 69 218 palavras
Dia mais produtivo: 2009-03-11 com 3 000 palavras

Não fossem umas tristes notícias e uns desentendimentos familiares que ocorreram no final da semana, eu sei que poderia ter chegado muito mais longe. Mas a vida tende de meter-se sempre no caminho!

Estou mesmo a chegar ao final do livro, e talvez por isso, sinta alguma dificuldade em avançar. Depois vai vir a revisão … já me estou a ver a reescrever metade da história.

Nesta semana não fui tão constantemente distraída por outras ideias, mas elas nunca saíram de lá. A minha musa, essa coitada, esteve ocupada com outro tipo de problemas que não os de enredo. Eu escravizo-a!

Como não posso colocar excertos, aqui fica um pequena coisinha que me ocorreu esta semana e espero que ninguém se sinta insultado com isso.
« Na minha opinião a “pobreza” deveria ser considerada uma doença … grave!
Doutor: “Lamento informá-lo de que sofre de pobreza extrema!”
Paciente: “Não me diga isso! E há cura?”
Doutor: “Há sim! Você vai ao sector vizinho e dão-lhe uma injecção de dinheiro, que isso passa rapidinho.”
Paciente: “Obrigado Sr. Doutor!”
Doutor: “Mas vou ter de lhe receitar um plano de poupança e uma boa dose de contenção de despesas, assim como um frasquinho de moderação. E vai ver que isto nunca mais o volta a afectar.”
Paciente: “O Sr. Doutor é um anjo!” »

Falo enquanto pobre, por isso não pensem que é por outras razão mais xenófoba.