Mais opiniões

Aos poucos vão chovendo algumas novas opiniões sobre os meus trabalhos. Aqui ficam as mais recentes:

por mundos divergentesSobre “Dispensáveis” (in Por Mundos Divergentes), opinião de Artur Coelho no Intergalactic Robot:
«O conto ganha pontos pela coragem da autora em não mostrar a sociedade espontânea dos inúteis e ineptos como algum farol de esperança, seguindo o caminho do desespero completo.»

– Sobre “Electro-dependência” (in Lisboa no Ano 2000), opinião de Nuno Ferreira no Goodreads:
«Temos depois o primeiro conto que li da autora Ana C. Nunes, Electrodependência. Esta autora também é ilustradora de banda desenhada e posso garantir que a sua escrita é igualmente gráfica. Gostei muito. O protagonista é um eletrokinético que se usa dos seus poderes sobrenaturais para vender a sua droga, uma droga a que só os ricos têm direito. A droga da electricidade. É um conto rico em detalhes visuais que me agradaram bastante.»lisboa no ano 2000

E tu já leste estes dois contos? O que achaste?

NaNoWriMo 2014 – Diário 17

Chegou então o dia em que não consegui cumprir o mínimo diário (1667 palavras). Já tardava!
Não é por falta de vontade, mas porque simplesmnete estou cansada demais. Amanhão vou levantar-me um pouco mais cedo e compensar. Hoje fico-me pelas 1343 palavras que debitei entretanto. No total somo agora 34145 palavras. ainda assim vou adiantada, mas estava mesmo a tentar nâo ter nenhum dia com menos de 1667, mas lá terá de ser.

Até amanhã! Leiam muito e escrevam muito.

P.S.: Já me ia esquecer de dizer que o Lisboa no Ano 2000, a antologia onde tenho publicado o Electrodependência, recebeu Distinção do Público de Literatura Fantástica Portuguesa (Prémios Adamastor do Fantástico). Obrigado a todos os que votaram no Fórum Fantástico! E parabéns a todos os autores que participaram nesta antologia, e à editora, claro está.

P.S.2.0:  Entrevista com perguntas de leitores AQUI. Opinião de uma nova leitora de A Última Ceia, AQUI.

Sobre Pontos de Vista

Lembro-me de já algumas vezes tocar nesta assunto aqui no blog: Pontos de Vista. Hoje vou falar de um caso específico e de como, com o tempo, as nossas certezas se podem transformar em incertezas.

Escrita Criativa - o Relatório

Quando comecei a escrever, cheia de imaturidade literária e narrativa, testei várias formas de narração através dos pontos de vista. Existem muitos tipos de pontos-de-vista mas os principais são: escrita na 1ª pessoa, na 2ª pessoa e na 3ª pessoa (estes subdividem-se, mas foquemo-nos no principal).

A 2ª pessoa nunca usei e, sinceramente, tenho receio de usar. Até hoje ainda não li um livro que o usasse bem, a não ser aqueles livros em que podes escolher o teu próprio final.

A 1ª pessoa foi, desde o início, aquele que me saiu mais fácil: Na altura diziam-me que só quem não sabia escrever é que usava a 1ª pessoa, que era de preguiçosos e Yada, yada, yada … Até hoje, discordo. Aliás, cada vez discordo mais. Acho que a 1ª pessoa é a mais difícil de escrever BEM. É, certamente, a mais fácil de escrever no início porque muitas vezes vivemos intensamente as histórias que criamos, mas para escrever BEM na 1ª pessoa, temos um grande desafio pela frente. Mesmo muito grande!
Cada vez mais percebo isto e cada vez tenho mais receio de escrever na 1ª pessoa, pois temos de conseguir dar uma voz muito única, muito reconhecível a todo o texto. Não podemos escrever como nós, senão todas histórias que escrevemos soam iguais e o POV da 1ª pessoa deixa de ter um propósito. Por exemplo, acho que funcionou bem no Electro-dependência, no Dispensáveis e no A Última Ceia.

A 3ª pessoa foi, para mim, a mais difícil de maturar. A princípio tudo o que escrevia neste ponto-de-vista me irritva. Havia uma separação entre mim e o que estava a escrever e não conseguiu atravessar a ponte. No entanto, quanto mais testava esta narrativa, mais percebia que funcionava, que era a que me permitia melhor expressar as personagens e que obrigava a menos diálogos internos, menos Blah blah, blah.

E então porque decidi falar nisto agora? Simples! É que estou a ler o “Alma“, a versão do 1ª rascunho, que escrevi no NaNoWriMo de 2010, e a odiar cada frase que escrevi na 1ª pessoa, e a amar quase tudo o que escrevi na 3ª pessoa.

a ler Alma - ana c nunes

No dia 8 de Novembro de 2010, conforme efusivamente contado AQUI, eu tomei a brilhante ideia de parar de escrever Alma na 3ª pessoa e passei para a 1ª pessoa.É irónico como a razão que eu apontei para justificar esta mudança, é na realidade a mesma porque hoje acho que esse foi o maior erro que cometi neste 1º rascunho da história:
– Humor: O humor subtil que consegui escrever na 3ª pessoa funciona! Enquanto que até agora tudo o que li na 1ª pessoa de Alma não me provoca qualquer reacção de riso ou sequer sorriso. O humor perdeu-se em introspecções aborrecidas e info-dumps.

Alma tem tantas personagens e uma trama tão rica quanto subtil, e a 1ª pessoa rouba-a de personalidade, de diversidade, de intensidade mais que tudo!
Sinceramente não consigo entender porque, enquanto escrevia, achava que estava a funcionar.

Estou apenas a ler o texto, nem sequer estou a apontar erros ou o que deve ser mudado, não só porque quero ler sem me preocupar com as correcções, mas porque a verdade é que tenho vontade de riscar tudo!
A única coisa que acho que poderei salvaguardar do que está escrito na 1ª pessoa são alguns diálogos e, claro, a história central que está sólida. O que não está bem é o texto. Vai tudo sumir! KAPUFF!

a ler Alma - ana c nunes 2

Nunca pensei dizer isto mas, cada vez adoro mais a escrita na 3ª pessoa, e temo a escrita na 1ª pessoa, excepto para a escrita de contos que se focam numa só personagem, ou outras histórias de premissa semelhante. No restante, a 3ª pessoa é, quase sempre, a melhor opção. Não estamos limitados à visão de uma só personalidade, nem aos seus pensamentos, nem às suas características. E por mais que isso possa e funcione a favor da história em certas premissas, em romances (livros) raramente tem  o efeito desejado. Mas, claro, excepções existem muitas e boas.

E vocês o que acham? Prefere ler/escrever na 1ª, 2ª ou 3ª pessoa?

2013

2013 numa palavra:

Agridoce

Isto já é um costume aqui no blog: escolher uma única palavra que melhor descreva o meu ano a nível de escrita/publicação, e acho que esta se adequa na perfeição. Pois este foi uma ano que, em iguais medidas, me encheu de alegrias e me esmagou em decepções.

A Última Ceia” e “Electrodependência” (Lisboa no Ano 2000) foram as fontes de maior orgulho. O primeiro porque  chegou a muito leitores em todo o mundo (por culpa de ser grátis, claro) e apesar de ter recebido opiniões divergentes, no geral foi apreciado; o segundo porque todas as opiniões que li até agora foram muito positivas, o que me encheu de orgulho, e porque foi também escolhido como leitura conjunta por duas turmas da Escola Secundária com 3º Ciclo de Ferreira Dias (saibam mais aqui e aqui). Também o “Um Dragão com Alergias” me fez sorrir algumas vezes e tem sido bem recebido pelos leitores.

Em contrapartida, “Angel Gabriel – Pacto de Sangue” foi uma enorme desilusão e também a “Heroína” ficou muito aquém do alcance que eu esperava, embora esta ainda seja recente. O primeiro porque não foi recebido ou divulgado da maneira que eu esperava,e porque as opiniões que saíram até agora não foram muito boas (embora isso nem seja o que mais me decepcionou); o segundo porque praticamente não chegou a leitores nenhuns. No entanto a maior decepção de todas foi mesmo o “Anormal“, o conto que já deveria ter sido publicado pela editora Draco em 2012, e depois em 2013, e até agora nada. Estou muito decepcionada! E o pior é o silêncio da editora.

Sem reacção ficou “Miragem na Chuva” que, até agora, não recebeu praticamente opinião nenhuma.

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Novidades Fresquinhas … directamente do congelador

Certamente que já leram a entrevista que dei no blog Bran Morrighan, e viram o post de divulgação, por isso prossigo para outros mares:

– Não é novidade, mas só esta semana descobri que Ryoki Inoue está no Guiness World Records, por ser o escritor mais prolífico de sempre. Já escreveu 1099 livros, 999 dos quais, em apenas 6 anos. Não sei como o senhor o faz mas, ele tem de ser um robot!

– Olinda P. Gil, autora de vários contos, falou no ‘Encontros com a Escrita’, na Biblioteca Municipal de Aljustrel. Leiam tudo AQUI.

Ágata Ramos Simões lançou mais um livro: “A Maldição do Ventre”, disponível no Smashwords e noutras lojas de distribuição digital.  Sinopse:

«A velha senhora Dona Maria de Fátima aparenta ser uma velha dama de comuns e modestos hábitos. Porém ela esconde há muito um segredo tenebroso: é na realidade uma canibal que vive há cento e trinta anos. No local onde habita os seus vizinhos tomam-na por uma normal senhora reformada – e ninguém desconfia da sua assaz bizarra dieta alimentar. Até que certo dia Joana Bonfim se muda para o mesmo Bairro. Ela de imediato se apercebe que há algo de muito errado com a simpática Dona Maria de Fátima. No entanto nem imagina a história que a mesma tem para lhe contar.»

– A Fénix fanzine abriu novamente as submissões para o terceiro número, dedicado exclusivamente ao Fantástico no Feminino. Procuram-se heroínas, vilãs e assim-assins, que marquem a diferença e mostrem a fêmea que há nelas. Saibam mais AQUI.

Inês Montenegro, autora de vários contos publicados em Portugal e no Brasil, opinou sobre “Antologia Fénix de Fantasia e Ficção Científica – Volume 1”, onde se inclui um conto meu. Leiam AQUI.

Carla M. Soares, autora de “Alma Rebelde”, fala sobre o Tempo para escrever, ou o tempo que os escritores gostavam de ter para escrever. Leiam AQUI.

– Duas turmas da Escola Secundária com 3º Ciclo de Ferreira Dias (o 10º C2 e o 10º L2), leram e fizeram uma análise crítica de “Electrodependência“, o meu conto no “Lisboa no Ano 2000”. A profª. Isabel Castilho teve a amabilidade de em contactar com as análises finais e eu fiquei muito contente, como devem imaginar. Podem ler os dois textos finais: AQUI e AQUI, mas atenção que contêm pormenores sobre o final. Aqui ficam dois excertos dos textos que os alunos criaram (sem revelar nada do final):

«O conto Electrodependência, de Ana C. Nunes, transporta o leitor a um futuro imaginável, devido a traços de verosimilhança com a Lisboa de 2013 e é, simultaneamente, futurista e inovador.
[…]
Electrodependência é um conto intrigante, que cria um universo seminovo: É uma leitura aconselhável, acessível, breve e pedagógica.»  – 10º C2

«A ação de Electrodependência envolve-nos de tal modo que nos deixa atordoados, devido às personagens, pois estão de tal forma modeladas, que revelam uma evolução inesperada ao longo da narrativa e nos conduzem a um fim totalmente imprevisto.» – 10º L2

– No Dia Mundial da Criança, Adoa Coelho disponibiliza um capítulo do seu “Ups! Engoli uma Estrela”. Leiam AQUI.

– Carla Pais procura leitores-beta para o seu romance erótico “Montebelo a traição do nome”. Saibam mais AQUI.

– Carla M. Soares fala da sua experiência com “A Grande Mão” e a sua busca por opiniões de leitores-beta. Nem sempre estas iniciativas correm tão bem como o esperado. Leiam AQUI.

– Já sairam, os resultados da colectânea “Space Opera III” da Editora Draco, e entre os seleccionados encontram-se alguns portugueses: Luís Filipe Silva  e dois amigos muitos especiais: Júlia Durand e Rui Leite, que fazem parte do grupo de escrita do Norte (nanoninjas!). Muitos parabéns a todos!

– Para terminar, enviei 1 romance para o Prémio Leya 2013, outro para o Concurso Literário Book.It, e um conto para o Concurso Literário Maia 2013. E todos eles são inéditos, como devem imaginar. Só não vou já dizer quais foram para onde, para não agoirar as minhas (parcas) possibilidades. Ah, e não me posso esquecer que também, submeti um micro-conto para o Concurso SICAL.
Mais alguém concorreu a um destes, ou  a outros concursos literários?
E o que acham destes concursos? Dão a mesma oportunidade a todos os concorrentes, ou acham que estão viciados?

O que dizem sobre … Electrodependência

Electrodependência” é um conto meu, publicado na antologia “Lisboa no Ano 2000“, pelas Edições Saída de Emergência, em Janeiro deste ano. E isto é que o têm dito sobre o meu conto (entre os outros):

«Electro-Dependência: Num retrofuturo eléctrico, há seres que controlam e libertam electricidade. Estes electrokinéticos são depressa escravizados como baterias humanas ou fornecedores de drogas chocantes. O herói do conto de Ana Nunes tem-se escapado ao destino dos restantes electrokinéticos, apenas para cair nas garras de aristocratas decadentes num processo de abuso que o leva a uma explosiva revolta final.»

Artur Coelho in Intergalactic Robot

«Ana C. Nunes, no seu conto “Electrodependência”, apresenta um novo problema relacionado com a electrcidade e os seus efeitos nos seres humanos. É um drama humanos, com um final bastante interessante e realista.»

Liliana Novais in O Sofá dos Livros

«De todos, os meus favoritos são: […] Electrodependência (Ana C. Nunes) […].»

Alexandra Rolo in Livros por Todo o Lado

«“Electrodependência” de Ana C. Nunes. A sensação deixada pelo texto reflecte precisamente o que se esperaria pelo título, em especial os pormenores da decadência na 6ª parte, que estão deliciosos. Explora também alguns temas interessante, tendo o principal dos quais paralelismos com diversas outras obras de ficção científica. 3,7 Estrelas.»

Vitor Frazão, in Goodreads

«Uma das histórias que mais me impressionou … a electricidade além de ser a fonte do desenvolvimento… é também a droga… a droga que cega alguns na sociedade… uma droga que vale fortunas que quem depende dela desumaniza a fonte do seu prazer… que sem pensar ou ponderar a vida dos outros, os escraviza para seu belo prazer… é a eletrodependência na ponta do dedo, na simplicidade do toque…»

Caracol Literário in Efeito dos Livros (parte 1,2 e 3)

«Claro que tudo isto deixa de ter importância face ao divertimento (ou susto) que provocam […] o literal rebentar da distopia de Electrodependência de Ana C. Nunes […]»

João Lameira in Ípsilon

ipsilon lisboa no ano 2000

Mais opiniões nestes locais:
– No Rua de Baixo, por Pedro Miguel Silva;
– No Time Out (digitaização), por João Morales;
Top de Leituras de 2012, por Alexandra Rolo;
–  No Diário de Notícias;
– No The Of Blog, Larry Nolen;
– No Bela Lugosi is Dead, por Rui Baptista

"Lisboa no ano 2000"
“Lisboa no ano 2000”

E tu? Já leste o “Electrodependência“? O que achaste? Deixa ficar o teu comentário.
Se ainda não leste, o que esperas? “Lisboa no Ano 2000” está disponível em todo o país.

Passatempo “Lisboa no Ano 2000”

Hoje a antologia “Lisboa no Ano 2000”  (que incluí o meu conto “Electro-Dependência“) passa a estar à venda um pouco por todo o país e que melhor maneira de comemorar do que oferecer um exemplar a algum/a sortudo/a.

No Floresta de Livros (o meu blog e opiniões literárias) está a decorrer um passatempo para ganhar um exemplar. Nem têm de ser seguidores, nem nada (embora eu agradeça se o forem). Toca a participar!

"Lisboa no ano 2000"
“Lisboa no ano 2000”