Semanário 77

Pela primeira vez em vários meses tive uma semana bem produtiva. Tão produtiva, aliás, que terminei, finalmente a 2ª versão completa do Angel Gabriel.

FESTA! (quando terminar as revisões vou mesmo festejar)

Aqui fica um apanhado da semana, que pelos vistos só começou na quarta-feira 😛

Na quarta-feira diverti-me a escrever uma espécie de sátira sobre vampiros, de momento chamado de Anormal. No fim do dia tinha 4460 palavras e ainda me faltava uma boa parte do conto, mas como tinha de ir dormir não pude terminá-lo.

Na quinta-feira consegui  (finalmente) escrever 1800 palavras para o “Angel Gabriel“. Custou a começar, mas depois as palavras saíram com alguma naturalidade. Tive de saltar de cena em cena, porque não estava na presença de espírito para escrever os sarcásticos diálogos que o início do capítulo exigia.

Na sexta-feira escrevi mais um bocado para o conto (cheguei às 4765 palavras) e dei-me por satisfeita (enquanto não delineasse bem a história, não me sentia bem em saltar para o Angel Gabriel, que é a PRIORIDADE (mas eu pareço esquecer-me disso). Não terminei o conto, mas expulsei-o integralmente, o que já é suficiente (por agora). Podem ver um excerto que publiquei na sexta-feira.

No Sábado (bendito sábado) tive uma epifania criativa e consegui escrever, primeiro 1400 palavras e depois, sem querer ir dormir antes de terminar aquela parte da história, desencantei mais 1700 palavras em menos de duas horas (e ainda parei a meio para fazer pesquisa, devo ter perdido mais de meia hora com isso). Foi uma noite muito produtiva e acabei por ir dormir muito satisfeita e a pensar no último capítulo que pretendia terminar no dia seguinte.

No Domingo comecei a escrever pouco depois de saltar da cama (com pausas para comer e ver uma outra série) e 3500 palavras depois, ao ressoar das 16 badaladas (na verdade foram 4, mas pronto), escrevi finalmente a palavra “FIM” em letras garrafais no final do manuscrito.
Conseguiu sentir tanto ou mais orgulho que da primeira vez (com a 1ª versão). Nem o facto de ser uma reescrição quase total da história lhe tirou espectacularidade. Finalmente!

Neste momento a história tem mais 11280 palavras que a primeira versão. Pelo que oiço dizer a maioria dos escritores fica com menos palavras depois da revisão, mas eu sou oposto e a história bem precisava. Acho que as personagens ficaram melhor desenvolvidas e o “mundo” muito mais bem exposto.

Esta semana vou partir para a revisão com unhas e dentes. O fim do mês está aí à porta e eu não quero ficar atrás da Anna Raffaella (porque o propósito destes desafios é chegar a um objectivo). Força!
Já agora tenho de lhe agradecer, afinal foi por ver que ela já tinha terminado que ganhei forças para fechar em grande este livro. Sem isso, temo que tivesse demorado bem mais a terminar. Por isso obrigada Raffaella!

Agora notícias exteriores:
– O grupo do InfoTeens (um blog) lançou esta semana o primeiro volume (virtual) da revista There was a story, que pretende falar sobre livros, divulgar contos de novos autores e apoiar, essencialmente, os autores portugueses. Podem ver aqui.
– Ultimamente fala-se muito de cliffhangers nas histórias por isso aqui fica um artigo que gostei de ler. (Há muitos mais)
– Noutra nota, alguém está com ideias de ir ao Fórum Fantástico deste ano? Eu tenho toda a intenção de ir, só é pena ser entre 12 e 14 de Novembro (mês do NaNoWriMo), mas ainda assim não pretendo perder a oportunidade. Os autores já confirmados são Stephen Hunt (A corte de Ar),  Peter V. Brett (O homem pintado), Ricardo Pinto (A dança de Pedra do Camaleão), David Soares (Lisboa Triunfante), Afonso Cruz (Os livros que devoraram o meu pai) e João Pedro Duarte (Uma espécie de sentido). Grandes nomes, portanto.
Faltam mulheres neste calendário. Então e as senhoras? (imagino que ainda não estejam confirmadas pois estes são apenas os primeiros nomes)
Se alguém for, diga, que a companhia é sempre bem vida.

Dose diária 15

dose_diaria_16Se não leram o post anterior, corram até lá. Terminei o V.I.D.A. com 23 405 palavras. YAY!
Rejubilem comigo, sim?

Basta dizer que depois de terminar esta noveleta não tive a força necessária para começar logo a escrever o Através do vidro, por duas razões:
1) Não tinha ainda planeado suficientemente a nova história e tive que refrescar a minha memória sobre o que pretendia exactamente com este romance;
2) Estava (e ainda estou) com umas dores de costas que me estão a matar. Sinceramente mal consegui estar sentada ou de pé o tempo suficiente para pensar no que fazer a seguir, quanto mais concentrar-me para escrever.

E assim sendo, começo mal e perdi novamente o avanço que tinha ganho no sábado. Bem, não vou entrar em pânico. Não estou assim tão atrasada e espero que a terceira semana seja tão ou mais produtiva do que foi no ano passado.

V.I.D.A. – FIM

V.I.D.A.Perto das 19:30 horas terminei o V.I.D.A., que era uma das histórias que planeava escrever durante o NaNoWriMo.
Já aqui tinha dito que não contava que esta história passasse das 25 000 palavras e  assim foi. Por isso aqui ficam os meus pensamentos, chegada ao fim de mais esta aventura narrativa.

– Agora que terminei esta noveleta, vou deixá-la a marinar até Janeiro de 2010, altura em que pretendo ter terminado a revisão de “Angel Gabriel“.
– Posso estar muito enganada, mas parece-me que quando voltar a pegar na V.I.D.A. vou carregar no delete e reescrever tudo. E aqui ficam as principais razões porque imagino que este vá ser o desfecho desta pequena história:
– 1) O narrador. Este senhor que a principio era muito divertido e tinha sempre algo pertinente a dizer, tornou-se, a meio da narrativa, um chato que não dizia nada de interessante e se limitava a contar a história num tom algo monótono.
– 2) Os nomes. Sim, eu mudei os nomes antes de Novembro, mas agora já não lhes acho muita piada e vou possivelmente mudá-los pela terceira vez.
– 3) As outras personagens. Acho que me foquei demasiado na Vatra e deixei de parte os outros cinco, o que poderia ser bom, mas neste caso não foi porque a minha ideia era que todos tivessem igual importância, embora seja tecnicamente impossível (por causa da história) não dar um pouco mais de atenção a esta rapariga de cabelos vermelhos.
– 4) A linguagem. Não sei se foi por estar a escrever na terceira pessoas, ou se simplesmente não estava nos meus dias, mas fico com a ideia de que a linguagem que usei ao longo de toda a narrativa, embora cuidada e talvez até mesmo acertada, não cativa e isso  irrita-me … muito!

– Mas como disse, possa estar muito enganada e quando for a reler isto adorar cada parágrafo que escrevi. Já por isso é que não vou já a correr ler o que escrevi. Não quero estar com a cabeça quente quando o fizer.

E estou para aqui a falar mal do que acabei de escrever.
Desenganem-se, ok? Eu não odeio o que escrevi, mas de alguma forma sinto que não estive no meu melhor. Se calhar isto é o síndrome de NaNoWriMo. É capaz de ser isso.

Independentemente de tudo o que acabei de dizer, sinto-me extremamente contente por ter terminado mais este projecto e dentro do prazo, que é sempre excelente.
Agora é tempo de partir para outro. Vamos ver como corre o “Através do vidro“.

Curiosidade: a última palavra desta narrativa foi “missão”.

FIM

Semanário 21

semanario_15O maior progresso da semana foi o ter finalmente chegado ao final da primeira leitura do “Angel Gabriel“.
Demorei! Isso é certo! Mas se demorei tanto foi porque andei a corrigir erros, a procurar inconsistências e a planear reescrever capítulos e adicionar novos.

Chegada ao final vi-me novamente envolta em dúvidas quanto ao “Fim“. Não posso pedir opiniões para já porque ainda não mostrei o manuscrito a ninguém, mas se por um lado sinto que o final está bem assim, por outro penso que talvez seja algo inconclusivo.
Não me interpretem mal. Eu atei todos as pontas soltas (ou quase), o problema reside no facto de o final ficar em aberto. E se, normalmente, eu acharia isso bom, neste caso por alguma estranha razão eu sinto que falta algo. Só não sei bem é o quê!
Bem! Deixarei isso para decidir depois.
O que se segue é que vou ter de reescrever os primeiros dois a três capítulos, escrever mais dois outros capítulos para adicionar entre os já existentes, desenvolver mais duas personagens e bem … vai ser um trabalho dos diabos!
Só espero conseguir fazê-lo muito rapidamente porque, diga-se, a minha meta era terminar isto no final de Maio.
Quem acha que vou conseguir?
Eu cá não! (mas não digam a ninguém, ok?)

Noutros planos, tive mais algumas ideias para pequenos contos, mas como em semanas anteriores, o tempo para tal ficou no zero e assim nada de novas escritas … estou morta de saudades!

O “PFA” tem voltado a invadir-me a mente, se bem que não com tanta intensidade como anteriormente, mas convenhamos que é melhor que nada.
Em compensação, o “V.I.D.A.” está aí em força e acho que cada vez fica mais polido e tenho uma enorme vontade de me sentar e escrevê-lo. Já agora, fica a nota que este será provavelmente o projecto que vou escrever assim que terminar com o “Angel Gabriel” de vez.

E esta semana fico por aqui …

Angel Gabriel – FIM

Terminei!
Wow…

Deixem-me respirar um pouco …

Não acredito que acabei! Não acredito!
Alguém me segure …

Juro que parece que o coração me vai sair pela boca … não! Ficou dentro … ainda bem!

Acabei de escrever as últimas palavras para o “Angel Gabriel“! … FIM (cliché, não?)
Custou, mas cheguei lá.

Hoje, enquanto escrevia as últimas páginas, tive medo de perder, de fazer um final menos merecedor. Indecisa com as palavras a usar, as expressões a escrever. Tudo parecia mais complicado do que era. E agora, chegada ao final, sinto um alívio enorme e ao mesmo tempo uma perda insubstituível. Estou feliz, muito feliz por finalmente terminar algo em 7 ou 8 anos. Claro que estou! Mas ao mesmo tempo é um pouco doloroso.

Claro que ainda não está completamente terminado. Vem aí a carruagem da revisão. Muito trabalhinho ainda vai advir deste “Angel Gabriel“, mas a história está agora exposta no ecrã (e brevemente no papel também).
Alcancei a meta e cortei a fita! Agora falta-me subir ao pódio e banhar-me em champanhe, segurando entre os dedos a taça da vitória.

Sinto-me uma rainha por ter tido a força para continuar. Sou uma preguiçosa por natureza e quase me deixei levar por esse meu lado mais irresponsável, mas graças ao NaNoWriMo (que me permitiu escrever mais de metade disto) e à força de vontade para completar este trabalho (e algum apoio externo. Obrigada a todos, vocês sabem quem são) lá cheguei até aqui.

Wow … estou parva comigo mesma! Acho que mereço um chocolate!