Fórum Fantástico 2021 – dia 3

Ontem foi o último dia do Fórum Fantástico 2021, em Lisboa. Não consegui escrever este artigo mais cedo porque passei grande parte do resto do dia no comboio, a caminho de casa e o Alfa Pendular não fez nada pelo meu estômago, daí a minha inabilidade de aproveitar a viagem para escrever isto.

Praça da biblioteca com os parceiros do Fórum Fantástico, como a Convergência, o Mighell Publishing, a Seita, ComicHeart, Associação de Cosplay, Ludodrama, RubberChicken, Velha Lenda, DR. Kartoon, Imaginauta, Saída de Emergência, Games Omnivurous, Editora Âncora, etc.

A manhã foi livre, no FF 2021, mas a tarde foi muito concorrida. O auditório esteve praticamente cheio em alguns lançamentos de livros, nomeadamente o “Um mundo às escuras”, de Maria Roque Martins, e o “Crónicas de Ramirez”, de Luís Silva. Mas já volto a estes.

Banca com alguns dos parceiros do Fórum Fantástico, como a Convergência, o Mighell Publishing, a Seita, ComicHeart, Velha Lenda, DR. Kartoon, Imaginauta, Saída de Emergência, Editora Âncora, etc.
Painel “As escolhas do ano”, com sugestões de Rogério Ribeiro, Cristina Alves e Artur Coelho

O primeiro painel da tarde, a que assisti, foi o “As escolhas do ano”, onde Rogério Ribeiro, Cristina Alves e Artur Coelho sugeriam os livros que mais tinham gostado de ler no último ano (não incluindo apenas livros publicados nesse ano, pelo que me apercebi).
Porque a lista é bastante extensa, deixo apenas algumas menções: “Custom Circus”, de Michel Alex; “La Puerta”, de Manel Loureiro; “A última vida de Sir David”, de Pedro Galvão; “Bone”, de Jeff Smith; “Isola – vol.1”, de Brenden Fletcher e Karl Kerschl; “Umbra“, coletânea de BD de vários autores; “O Penteador”, de Paulo J. Mendes; “Tetris”, de Box Brown; “Cidades do Sol”, de Paulo Morais; entre outros.
O Artur Coelho já publicou todas as suas recomendações no seu blog Intergalactic Robot.

Sérgio Marcarenhas está por detrás da Ludodrama, um jogo narrativo recente, totalmente em português, o qual já adaptou, inclusivé, para um episódio de jogo onde um conto de Bruno Martins Soares era a base da aventura, misturando assim a ficção científica portuguesa em romance/conto com os jogos narrativos.

Luís Costam, por sua vez, falou da Gesta e de como tenta simplificar, ou melhor, eliminar as mecânicas de jogo desnecessárias, por forma a proporcionar mais diversão aos jogadores envolvidos.

Lançamento do novo volume da “H-alt”, antologia de banda desenhada, com a presença de Samir Karimo e Sérgio Santos

Segui depois para a apresentação do novo número da H-alt um projeto antológico de BD que já vai no número dez. Sérgio Santos é o editor da revista e apresentou todos os projetos integrados neste novo número, sendo que Samir Karimo, autor de uma das histórias, falou do seu.
De notar que todos os números da H-alt estão disponíveis no seu site, para leitura, bem como outros artigos e entrevistas de interesse. Visitem!

Lançamento do Prémio Macedo 2020: “Um mundo às escuras”, de Maria Roque Martins, com presença da autora e de Pedro Cipriano (Editorial Divergência)

Assisti também ao lançamento do Prémio António de Macedo 2020, que foi atribuído a Maria Roque Martins, com o seu livro de estreia, “Um mundo às escuras”. O prémio e a edição são da Editorial Divergência. Este romance parte da premissa: “E se não houvesse electricidade?”. Fiquei curiosa com a premissa, confesso! De notar ainda que este lançamento encheu o auditório!

Painel: “Jogos Narrativos e o Fantástico”, com André Nóvoa, Sérgio Mascarenhas, Luís Costa e moderação de Rogério Ribeiro

Para finalizar mudei de local, para o espaço juvenil da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, e fui assistir ao painel “Jogos narrativos e o Fantástico”.
Os presentes começaram por explicar o que são Jogos narrativos (uma espécie de RPG que se joga, em teoria, à volta da mesa, onde um particpante é o narrador e os outros interpretam personagens que têm de tomar decisões para completar um objetivo comum – peço desculpa se esta explicação não é muito boa).
André Nóvoa está à frente da Games Omnivorous, uma empresa de jogos narrativos que trabalha em inglês, com grande aposta na integração de outros meios artísticos (design, ilustração, etc.).

Não tive oportunidade de ficar até ao final do evento, mas deixo aqui os vencedores dos prémios que foram entregues no FF2021.

Prémios Adamastor do Fantástico 2020

Grande Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Portuguesa: “As sombras de Lázaro”, de Pedro Lucas Martins
Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Estrangeira: “Elevação”, de Stephen King
Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto: “Mais que fazer”, de Nuno Ferreira
Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Banda Desenhada: “Apocryphus Sci-fi”, de vários autores
Prémio Personalidade Fantástica: Beatriz Pacheco Pereira e Mário Dorminski

Prémios Adamastor do Fantástico 2021

Grande Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Portuguesa: “Custom Circus – Mekanon”, de Michel Alex
Prémio Adamastor de Literatura Fantástica Estrangeira: “O Intruso”, de Stephen King
Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto: “Segunda mão esquerda de Deus”, de António de Macedo
Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Banda Desenhada: “Planeta Psicose”, de Ricardo Santo

Prémio António de Macedo 2021

“Pela cabeça do Rei”, de Nuno Almeida.

Prémio Ataegina 2021

“Ágape”, de Carlos Aleluia.

Parabéns a todos os vencedores!

Fórum Fantástico 2021 – dia 2

Sábado é sempre um dia mais concorrido em qualquer evento. Hoje a programação foi vasta, com mais que um espaço da Biblioteca Muncipal Orlando Ribeiro ocupada a todas as horas, e com actividades e sessões de autógrafos a acontecerem no pátio principal durante o dia todo.

Prémio Admastor de Carreira atribuído a Beatriz Pacheco Pereira

O que resulta que não consegui participar de toda a agenda, com muita pena minha. Mas o que vi foi mais que suficiente para me manter ocupada. E hoje, foi dia de conhecer novos projetos, novas BDs, novos romances e antologias, pedir muitos autógrafos (e, claro comprar mais livros), mas mais que isso foi um dia para conversar com pessoas que já conheço há muito, mas que infelizmente só tenho oportunidade de ver neste tipo de eventos. E ainda conheci novas pessoas presencialmente, que anda só tinha tido o previlégio de conhecer oline, bem como contactei com autores, artistas e bloggers cujo trabalho já conhecia, mas com quem não tinha contactado.

Por exemplo, foi um gosto conhecer a Cristina Alves, do blog Os Rascunhos (se não conhecem, visitem, que vale muito a pena, mesmo)!

Apresentação do documentário “40 anos do Fantasporto”

Como hoje aconteceu muita coisa, vou ser mais resumida que ontem.
Após a exibição do fantástico, passo a redundância, documentário “40 anos de Fantasporto” de Isabel Pina, Beatriz Pacheco Pereira subiu ao palco para receber o Distinção Personalidade Fantástica (Prémio Adamastor), sendo o mesmo atribuído ainda ao seu marido, Mário Dorminski.
De tarde, Beatriz voltou ao palco para apresentar o seu mais recente livro (ilustrado) “Alice e os Abutres”, Como já li contos da autora e gostei da premissa deste, foi uma das obras que adquiri e para o qual apoveitei para pedir um autógrafo.

Beatriz Pacheco Pereira e o seu editor, na apresentação do seu romance “Alice e os Abutres”

Durante o dia foram acontecendo ainda várias sessões de Jogos narrativos: Ludodrama, Gesta e Games Omnivorous, ao qual tive oportunidade de assistir, e sobre os quais fiquei muito curiosa.

Painel “à conversa sobre videojogos”, com Ricardo Correia e João Campos e moderação de João Morales

Da parte da tarde ainda assisti a um pouco do painel “Á conversa sobre videojogos”, mas como queria também assistir a outro que estava a acontecer ao mesmo tempo noutro local da Biblioteca, acabei por não poder seguir este até a final.

R.C. Vicente, Frederico Duarte, Francisco Ramalheira e Rogério Ribeiro

“As sete vidas de um romance”, moderado por Rogério Ribeiro, convidou R.C.Vicente (Raquel), Frederico Duarte e Francisco Ramalheira, a falarem sobre as suas experiências de publicação. Os três escrevem sagas de vários volumes, sendo que a Raquel relata ter publicado inicialmente numa vanity-press, por desconhecimento da significância e de como o mercado livreiro operava. Mencionou que este modo de publicação “matou” o seu livro, que agora renasce numa nova edição da Editora Velha Lenda (uma editora muito jovem que tem vindo a apostar exclusivamente em autores portugueses”.

Frederico Duarte publicou os dois primeiros livros da sua saga na Editora Nova Gaia, que foi entretanto absorvida pelo Grupo Leya, que decidiu não mais apostar no autor, apesar do enorme sucesso que o mesmo teve na época, e da comunidade de fãs que a saga “Avatar” já tinha. Ele teve de lutar e gastar dinheiro em advogados para poder reaver os diretos de publicação dos primeiros dois livros (um contracenso quando se recusavam a publicar as sequelas). Já conheço o Frederico há alguns anos e gostei muito do seu primeiro livro, que vê agora reeditado pela Editorial Divergência. Mais dois estão já escritos e o quarto está em produção.

Francisco Ramalheira teve um percurso um pouco diferente tendo publicado através de uma vanity-press (como a Raquel), mas de forma consciente e tendo trabalhado para criar uma base de fãs que antecipam agora a reedição do primeiro e o lançamento do segundo. (Esta reedição ainda não foi lançada, mas está para breve)

Carlos Silva, Diana Pinguicha, Mónica Cunha e Rogério Ribeiro

De seguida foi a vez do painel “Na pandemia também se publicou”, com Carlos Silva (em representação da Imaginauta), Diana Pinguicha, Mónica Cunha. Carlos Silva falou de como a Editora Imaginauta lutou para lançar alguns títulos durante a pandemia, com sucesso. Diana Pinguicha contou um pouco da sua experiência com a publicação do seu romance “A Curse of Roses” nos E.U.A., e de como a pandemia impediu que fizesse a sua booktour presencial. Já Mónica Cunha, vencedora do Prémio Ataegina, falou de como o confinamento foi crucial para que tivesse concorrido ao prémio.

Painel “No centeário de Stanislaw Lem”

Pude ainda assistir a uma parte do painel “No centenário de Stanislaw Lem”, onde houve um debate muito interessante sobre a genialidade do imaginário do autor, e também sobre como, nas escolas, o ficção científica e o fantástico podem ser usados como catalizadores para o debate consciente sobre o presente e o futuro da humanidade. Depois foi a vez de duas estudantes universitárias de Design de Comunicação, apresentarem o seu projeto final, que teve inspiração no filme “Solaris” (com base no livro de autor). E deixo já aqui o convite para visitarem, este projeto, que é também um podcast, de nome PARCAE.

Apresentação da antologia de BD “Apocryphus Monstro!”
Apresentação da BD “A Lenda de Adora”, de Tiago da Silva
Apresentação de “Farol da Esperança – Antologia Hopepunk”

Tive ainda oportunidade de assistir a três lançamentos: “A Lenda de Adora”, de Tiago da Silva; a antologia de BD “Apocryphus Monstro!” e ainda a antologia “Farol da Esperança – Antologia Hopepunk”. Ainda consegui pedir autográfos a dois artistas de BD, Joana Afonso e Ricardo Baptista, que também estiveram no festival apresentar a antologia de BD “Ditirambos: Abismo”

Foi assim um dia muito produtivo e em que tive oportunidade de coversar com muita gente. Pena foi não haver tempo para mais ainda. Amanhã é o último dia do evento. Se puderem, apareçam. Não se vão arreepender!

Fórum Fantástico 2021 – dia 1

Depois de alguns anos, regressei hoje a Lisboa, para assistir ao Fórum Fantástico deste ano. Da última vez que estive na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, foi também na qualidade de escritora, para a apresentação da antologia “Lisboa no Ano 2000”. desde então ainda não tinha encontrado tempo para regressar a este que é um festival referência para o género Fantástico em Portugal.

Deixo desde já um convite a quem esteja por perto, para vir amanhã e domingo, já que o Fórum Fantástico dura de 8 a 10 de Outubro. Basta sair na estação de metro de Telheiras e são dois minutos até chegar à Biblioteca Municipal Orlado Ribeiro

Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro

Rogério Ribeiro e João Morales começaram por apresentar o evento, sendo que este ano a programação só começou a ser feita há cerca de um mês, por culpa das restrições que estavam em constante mutação. Ainda assim a agenda do Fórum Fantásico é ampla e diversificada. Havendo atividades desde sexta de tarde, sábado de manhã e de tarde, e domingo de tarde (consultem o blog oficial para acederem à agenda completa). Esta edição de 2021 traz algumas temáticas que teriam sido abordadas em 2020, mas que tiveram de ser adiadas porque no ano transato não houve evento.

João Morales e Rogério Ribeiro

O primeiro painel foi super-interessante! Tinha por tema “Vamos apanhar o comboio”, onde Maria José Teixeira, começou por falar do Festival Vapor, que aconteceu em 2018 e 2019 no Entroncamento, e que eu, infelizmente, não tive oportunidade de visitar. Foi muito interessante saber como tudo começou, sendo que este festival se distingue de outros eventos Steampunk anteriores, por ser organizado no Museu Nacional Ferroviário (Entroncamento), o que deve tornar a experiência em algo realmente fascinante. Este festival duplicou o seu público do primeiro para o segundo ano e permitiu ao Entroncamento, e zonas vizinhas, aumentar o seu potencial turístico, que foi umas das razões porque este projeto foi aprovado e porque continuará a existir num futuro próximo, sendo que está praticamente confirmada uma nova edição para 2022, no último fim-de-semana de Setembro. Espero poder marcar presença!

A segunda oradora foi Iolanda Ramos, professora da FCSH e estudiosa da literatura, que trouxe uma perspectiva académica à escrita steampunk, contextualizando o mesmo e o neo-vitorianismo. Também falou de várias curiosidades sobre os comboios na era vitoriana, e como estes dividiam opiniões, sendo vistos como um sinal de progresso por uns, e uma monstruosidade por outros. Foi uma intervenção muito interessante a aprendi vários factos curiosos sobre a época vitoriana e as locomotivas a vapor.

Luís Filipe Silva, escritor português de excelência, falou-nos do comboio como instrumento narrativo em alguns livros estrangeiros, e como elemento narrativo, não só na ficção steamunk, como generalista (deu o exemplo do “Crime no Expresso do Oriente”, de Agatha Christie). E referiu também o livro “Lisboa no Ano 2000” (de Melo de Matos), o original que inspirou muito mais tarde a antologia em que participei. Este, disse, foi um dos primeiros exemplos do género em Portugal, e nele o comboio era uma peça fundamental do progresso, do comércio, do transporte e da comunicação, mas mesmo assim o autor ficou preso a outras questões da sociedade em que vivia, como sendo o caso das mulheres, que nessa visão não haviam ganho independência nem a moda tinha acompanhado a progressão da máquina.

Luís Filipe Silva, Rogério Ribeiro, Safaa Dib, Nuno Fonseca e Luís Corte-Real, na gravação do Bangcast

De seguida foi a vez da gravação de um novo episódio da Bangcast, um podcast que podem já encontrar com vários episódios. Pelo que foi dito, este episódio estará disponível nas próximas semanas, e não me vou alongar muito sobre a mesma, pois quero convidar-vos a ouvir. O tema foi o percurso da Revista Bang, desde o seu nascimento em 2005.

Penim Loureiro, Pedro Cipriano, Teresa Botelho e Rui Mateus

O último painel que tive oportunidade de assistir (havia um últmo, mas não pude ficar até ao final) foi o com a temática “Cli-fi – Os amanhãs concebidos pelas ficção climática”, que contou com a presença de Teresa Botelho (professora na FCSH), Rui Mateus, Pedro Cipriano e Penim Loureiro. Todos fizeram sugestões literárias sobre esta vertente do fantástico. Teresa Botelho debruçou-se sobre várias abordagens, mais otimistas ou pessismistas, deste género, dando especial enfoque ao Solarpunk, um movimento literário que tem vindo a ganhar peso nos últimos anos, e cuja primeira antologia mundial, segundo a mesma, foi lançada no Brasil, com autores de lingua portuguesa.

Pedro Cipriano começou por referir o seu conto “Sementes de Esperança”, que de momento se encontra apenas disponível numa antologia filipina, como razão da sua presença no painel. Sugerindo depois uma série de obras. Por fim deixou o desafio, parafraseando, “cabe aos autores criar esta discussão (sobre as alterações climáticas) , este pensamento, esta conversa”.

Rui Mateus, investigador na área da literatura fantástica, trouxe uma visão um pouco diferente, remetendo esta temática para obras clássicas como “Senhor dos Anéis” e “The Wheel of Time”, que analisa como tocando no assunto das alterações climáticas de uma forma metafórica e mais ou menos subtil (sob a forma dos “Dark Lords” e como tudo o que eles dominam fica inóspito).

Penim Loureiro, por sua vez, abordou a temática na BD, com especial enfoque na BD portuguesa, sugerindo títulos da autoria de Bruno Silva, como “Portugal 2055” e “A Reportagem Especial”, sendo que pelo menos um destes títulos não está disponível nas livrarias, tendo sido organizado pela Universidade de Ciências de Lisboa (contactem a mesma, caso tenham interesse). Estas obras têm uma visão mais científica sobre o assunto, e tentam consciencializar os jovens para a temática.

No final foi aberto o debate ao público, o que apenas tornou mais enriquecedora a sessão, com intervenções interessantes e levantamento de questões essenciais, mostrando que o tema é um dos que mais convida ao debate.

E porque não podia vir de mãos vazias, comprei já dois livros, de autores portugueses, um deles em pré-venda Fórum Fantástico. É possível que compre mais, mas por agora deixo-vos com “Avatar – Destino do Universo”, de Frederico Duarte (e sim, eu tenho também a primeira edição deste livro), e “Umbigo do Mundo”, uma banda desenhada de Penim Loureiro e Carlos Silva.

“Avatar – Destino do Universo”, livro de Frederico Duarte, e “Umbigo do Mundo”, romance gráfico de Penim Loureiro e Carlos Silva

NaNoWriMo 2014 – Diário 17

Chegou então o dia em que não consegui cumprir o mínimo diário (1667 palavras). Já tardava!
Não é por falta de vontade, mas porque simplesmnete estou cansada demais. Amanhão vou levantar-me um pouco mais cedo e compensar. Hoje fico-me pelas 1343 palavras que debitei entretanto. No total somo agora 34145 palavras. ainda assim vou adiantada, mas estava mesmo a tentar nâo ter nenhum dia com menos de 1667, mas lá terá de ser.

Até amanhã! Leiam muito e escrevam muito.

P.S.: Já me ia esquecer de dizer que o Lisboa no Ano 2000, a antologia onde tenho publicado o Electrodependência, recebeu Distinção do Público de Literatura Fantástica Portuguesa (Prémios Adamastor do Fantástico). Obrigado a todos os que votaram no Fórum Fantástico! E parabéns a todos os autores que participaram nesta antologia, e à editora, claro está.

P.S.2.0:  Entrevista com perguntas de leitores AQUI. Opinião de uma nova leitora de A Última Ceia, AQUI.

Fórum Fantástico – Como foi?

Nos últimos dias tenho andado sumida da internet (coisa rara pelas mais variadas razões, mas a mais interessante desculpa, foi a minha ida a Lisboa, no passado sábado (24/11) para o Fórum Fantástico.

Cartaz do Fórum Fantástico 2012

Foi um dia fantástico! Não a nível de transportes, que isso foi uma desgraça, mas de resto foi muito bom. Conheci muita gente nova (muitas das quais com que já falava pela internet, seja pelo facebook, pelos blogs ou pelo twitter) e todos foram muito simpáticos e me receberam muito bem. Obrigada a todos!

O próprio evento correu muito bem. Quando cheguei, o workshop de escrita criativa estava a chegar ao fim, com o Bruno Martins Soares, o João Barreiros, a Madalena Santos. Infelizmente não tive oportunidade de apreciar este primeiro programa.
De tarde houve lugar para a apresentação de 3 projectos/revistas: Trëma, Lusitânia e Almanaque Steampunk (Clockwork Portugal) e todos correram muito bem, com vários elementos da organização de cada projecto a falarem das motivações dos mesmos e dos seus conteúdos. Tudo projectos muito interessantes (e eu tenho já os três resultados para ler).  Depois disto foi a vez das curtas-metragens, documentários e de um livro de Vanessa Fidalgo, “Histórias de um Portugal Assombrado“. Tenho de admitir que adorei a curta-metragem “Conto do Vento“, lindíssima! E também gostava de ver avançar o projecto Lendas em Série.
De seguida passaram às sugestões de leitura (e as sugestões de não-leitura), dadas por Artur Coelho, João Barreiros e João Campos. Fiquei com alguns assinalados para ler.
Dan Wells foi o convidado seguinte e o autor mostrou-se um grande orador (vi pessoas com muito jeito para falar em público no FF, coisa que eu não possuo). E os louvores aos livros foram tantos, além da energia do autor, que no fim tive de comprar “Não sou um Serial Killer“, autografado.

Por fim, mas não por ser menos importante, foi a vez do lançamento de “Lisboa no Ano 2000“, a antologia das Edições Saída de Emergência onde tenho um conto.
Fui convidada a fazer parte do grupo de apresentação e imaginem-me, nervosíssima antes, durante e depois da apresentação. É que, como disse aqui no blog, não contava ir ao ‘palco’, mas quando a Safaa Dib me convidou, não consegui dizer que não. Não se diz que não a estas coisas (que podem não voltar a acontecer, embora eu espere que seja a primeira de muita, e não porque gostasse da experiência – ai os nervos! – mas porque seria bom sinal).
Como não havia espaço, na mesa de apresentações, para todos os autores, eu, o João Ventura, o Luís Corte-Real, o João Barreiros, o Jorge Palinhos e o Telmo Marçal lá fomos.

Apresentação de “Lisboa no Ano 2000”, foto de Luís Rodrigues

E só para verem como estava nervosa, basta olharem para as minhas mãos. Vêem a caneta? Foi a maneira de eu me distrair. Não fui feita para falar para mais que cinco pessoas ao mesmo tempo. Não é por acaso que quando, no secundário, tive de defender a minha PAP (em público) fiquei tão stressada que me senti mal e tive de parar a meio. Tenho dito!
Mas desta vez nem correu muito mal porque o holofote não estava em mim. O Luís Corte-Real e o João Barreiros é que falaram mais (e ainda bem).
No fim todos os autores presentes (e éramos 11 ou 12) se sentaram na fila da frente e deram autógrafos a quem quis comprar a antologia. E desde já agradeço a todos os que por lá passaram. Foi um gosto conhecer-vos! E por favor não estranhem se as minhas dedicatórias forem muito bizarras e a minha assinatura for diferente de livro para livro, é que eu não pensei nisso antes, e quando os livros me chegavam às mãos, eu não sabia o que havia de colocar nas dedicatória. E como queria que fossem todas diferente e não queria atrasar a fila, imaginem as barbaridades que dali devem ter saído. Por isso, desculpem se escrevi algo que não faz sentido a mais ninguém senão a mim.

Como percebem, foi um dia em grande, não só pelo lançamento da antologia, mas especialmente pelo convívio. pelas pessoas que conheci e as que revi. Obrigada a todos! Vocês foram fabulosos! E desculpem lá qualquer coisinha.

Nota: Embora a antologia “Lisboa Electropunk” tenha sido vendida no Fórum Fantástico, só será lançada para o mercado (livrarias) no início de 2013.  Para os que compraram no FF, fico a aguardar feedback do meu conto, “Electro-Dependência” e do livro no geral. Espero que gostem muito!

Nota 2: Os meus parabéns à organização do Fórum Fantástico, fiquei com vontade de ficar mais um dia e espero para o ano que vem voltar lá.

Nota 3: Foi anunciado, em primeira mão, pelo Luís Corte-Real, qual será a antologia que a Saída de Emergência lançará em 2013: “Pul Fiction 2” e esta incluíra tanto contos portugueses como brasileiros, para um lançamento conjunto no Brasil. Comecem já a preparar os vossos contos de Pulp Fiction. O regulamento deverá ser lançado ainda este ano.

“Lisboa no ano 2000”

Presença marcada no Fórum Fantástico 2012

Como já tinha sido anunciado, a lançamento de “Lisboa no Ano 2000” é já amanhã, dia 24 de Novembro, na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro (Telheiras, Lisboa) e eu lá estarei. Não deverei fazer parte da mesa de apresentação (não há lugar para todos os autores), mas estarei na plateia e, possivelmente, no fim estarei na zona de autógrafos.(se é que alguém vai querer um :P)


Se estiverem no Fórum Fantástico e me virem a passar (e eu não vos reconhecer); abordem-me e digam olá. Prometo que não mordo (e não levem a mal que não vos reconheça logo; eu trabalho a pilhas).

Semanário 80

Comecei a semana tratando logo de fazer os ajustes geográficos que referi no Semanário anterior. Acabei por acrescentar 5 páginas ao livro e dar um início um pouco diferente à história, sem no entanto mudar muita coisa, pois não lhe queria mexer de mais. Dou-me por satisfeita com o Angel Gabriel e por isso logo na terça-feira tratei de começar a pensar na sinopse.
Foi bem mais difícil do que gostaria. Não gostava de como estava a sair. É mais difícil resumir de forma interessante uma história que já conhecemos de cor e salteado. Vi-me “negra” para o fazer e a verdade é que até ao fim da semana nenhuma das muitas versões que escrevi me soou satisfatória.

Durante o resto da semana estive mais focada na leitura do “On Writing Horror” e por isso não trabalhei em mais nada.

Externos:
Dois grandes eventos de Ficção Científica e Fantasia, acontecerão em Novembro, muito próximos um do outro, e em Lisboa. Mesmo depois de ler o post da Safaa Dib, e por mais que tenha vontade de assistir a ambos, vai-me ser quase impossível ir aos dois. Possivelmente irei só ao Fórum Fantástico, por calhar num fim-de-semana. O Mensageiros das Estrelas passa-se mesmo a meio da semana, por isso é muito mais difícil assistir quando nem se mora na zona de Lisboa. Uma pena! Pois se calhassem em meses diferentes eu talvez pudesse ir. Ainda assim são de louvar iniciativas destas.