Wilt de Tom Sharpe – Passeando Leituras

O segundo episódio desta minha nova rubrica saiu já há umas semanas, mas estava a dever-vos mais informações sobre o título em destaque e o seu autor.

Passeando leituras – episódio 2

Com esta rubrica pretendo divulgar oralmente a literatura, bem como mostrar cenários interessantes e relaxados. Quem sabe não vos desperte a vontade de sair e ler mais ao ar livre? Conhecer novos auttores?

E neste segundo episódio quis mostrar-vos o início de um livro que li este ano e que surpreendeu muito pelo quão divertido e acutilante foi.

Wilt

Wilt é uma sátira sobre a sociedade, o casamento, o sistema de investigação, e sobre aquela vontade que todos confessamos (aos outros ou a nós mesmos) ter ocasionalmente: a de matar alguém.
Eu ri-me imenso com este livro, com as coisas absolutamente incríveis que acontecem a Wilt e aos que o rodeiram. É uma leitura incrível que eu recomendo muito!

Henry Wilt, amarrado a um emprego idiota no Instituto de Letras e Tecnologia de Fenland, acaba de ser novamente preterido para a promoção. Tem pela frente longos anos a tentar enfiar literatura na cabeça de estucadores, canalizadores, talhantes e afins. E as coisas não vão melhor em casa, onde Eva, a sua mulher maciça e dominadora, é dada a ilimitados e imprevisíveis acessos de entusiasmo. As fantasias de Wilt em relação à mulher tornam-se dia a dia mais assassinas. Após uma experiência dolorosa e embaraçosa numa festa, Wilt lança-se à realização das suas fantasias mais vingativas. Eva desaparece. Rapidamente as suspeitas recaem – com fundamentos bem sólidos – sobre Wilt, que passa à situação de Homem que Está a Ajudar a Polícia nas Investigações. Mas ajudará mesmo? Wilt exerce todos os seus poderes para mostrar que a polícia não consegue distinguir entre uma pessoa desaparecida e uma boneca e entre uma prova e um buraco.

Leitura de excerto do livro "Wilt" de Tom Sharpe

Quem é Tom Sharpe?

O autor deste livro é Tom Sharpe, que nasceu em Londres em 1928 e faleceu em 2013.
Após cumprir o serviço militar nos Fuzileiros Navais, foi viver para a África do Sul em 1951. Aí trabalhou em serviços sociais e mais tarde no ensino, em Natal. Teve um estúdio fotográfico em Pietermaritzburg de 1957 a 1961, ano em que foi deportado. De regresso a Inglaterra, em 1963-1972 foi professor de História no Instituto de Letras e Tecnologia de Cambridge. É autor de dezena e meia de romances de grande êxito, traduzidos em mais de vinte línguas. Em 1986 recebeu o XXIIIème Grand Prix de l’Humour Noir Xavier Forneret. Em 2010 foi-lhe atribuído o Prémio BBK La Risa de Bilbao. Residiu alternadamente em Cambridge e na Catalunha.

Convite aberto

Por fim volto a renovar o convite para entrarem também nesta onda. Vamos levar a literatura a novos locais!
Podes partilhar a tua leitura deste livro, ou de um outro que nada tenha a ver, mas que te tenha marcado de alguma forma. Usa a hashtag #passeandoleituras e identifica-me nas publicações para eu poder partilhar.
Boas leituras!

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