Dia do Autor Português

No dia 22 de Maio celebra-se o dia do autor português. Do escritor, do pintor, do escultor, do músico, e de tantas outras formas de autoria.

Este dia, tanto quanto sei, foi uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Autores, que comemora hoje 92 anos.

Nunca é demais recordar também que assim como devemos apreciar o trabalho e obra dos autores, também os devemos respeitar, e isso implica dar crédito, a quem de direito e, sempre que possível, comprar a obra ou assistir ao concerto ou visitar a exposição dos autores. E passem sempre a palavra porque aquilo que vos agrada a vocês, a muita gente também agradará.

No fundo, muitos são os grandes autores nacionais e muitos estão, certamente, ainda por ser descobertos. Quais são os vossos favoritos?

Nota: Hoje é também o dia Internacional da Biodiversidade!

 

Pseudónimos, Copyright, Títulos e Capas

Prometido é devido e eu tinha-vos dito que ia falando do meu percurso de E-Publicação à medida que as coisa aconteciam. Hoje fica o primeiro apanhado. para já não esperem nada de muito profundo, pois ainda sou uma criancinha nisto e com certeza que vou cometer muitos erros, mas assim talvez vocês não façam o mesmo.

E-Publicação - o Percuso
Angel, personagem do romance “Angel Gabriel – Pacto de Sangue”

Pseudónimos

Se bem se lembram, eu andava às turras com a ideia de adoptar um pseudónimo, na tentativa de melhor me integrar no mercado global dos ebooks. Os resultados da Poll surpreenderam-me e o mais votado foi Anne S. Crow, mas o que os comentários dividiam-se entre esse e o que uso agora ( o meu nome, Ana C. Nunes).
E depois de pesquisar sobre assunto e ponderar todos os comentários, decidi por fim manter o Ana C. Nunes. Vou arriscar e ver no que dá.
Não só porque, bem, apesar de a minha reputação ser minúscula, posso dizer que já tenho um pequenito nome na praça e não queria perder isso, já para não falar que, apesar do uso de pseudónimos ser bastante usual e até aconselhável quando os escritores escrevem em género muito diferentes (tipo culinária e ficção científica), isto também pode dar problemas a nível de direitos autorais e eu quero é evitar complicações.
Por isso Ana C. Nunes será o nome de capa. Obrigada a todos os que comentaram, votaram e me ajudaram a decidir.

 

Copyright

(Aviso: O que abaixo falo advém de alguma pesquisa que tenho feito, mas não domino o assunto e por isso agradecia que se alguém souber de algo que estou a dizer incorrectamente, por favor me corrija.)
Há uns anos atrás eu andava preocupadíssima com o Copyright (e Direitos Autorias). Antes mesmo de ter um romance escrito já estava a pensar «E se me roubam as ideias, o texto, o trabalho? Em tribunal não tenho legitimidade de defesa.». E julgo que quase todos os artistas se preocupam com isto, possivelmente logo no início, antes de terem algo feito com que se preocuparem, e muitas vezes este receio persiste eternamente. Quem não tem medo de ser plagiado? Uma coisa é nós colocarmos à disposição os nossos trabalhos de graça, para quem quiser ver/ler, no nosso blog ou em qualquer outro sítio que nos aprouver; e outra coisa totalmente diferente é algum/a espertinho/a se lembrar, copiar os nosso textos/imagens e colocar no blog/site deles e dizer que foram eles que fizeram. Nunca tal me aconteceu (que eu saiba), mas já vi muitos casos de plágio e, alguns, deixem-me dizer, roçavam o ridículo.
Mas já me estou a desviar do assunto. A pergunta é: «Um escritor tem de registar a sua obra?» e a resposta parece, a princípio, ser um simples: »Não».
Quem vive/nasce em Portugal (assim como muitos outros países espalhados pelo mundo) e cria uma qualquer obra, está automaticamente protegido pela WIPO aka OMPI (World Intellectual Property Organization), que dita algo do género »A partir do momento que autor/artista cria algo, esse algo está registado a ele).
Têm o ficheiro original do vosso romance? Andam há anos a falar do projecto aos amigos? Toda a gente na web sabe que foram vocês que fizeram aquilo? Então ‘aquilo’ é vosso, por direito, sem papelada.
Ou pelo menos esta é a teoria e pode ser usada e validada em tribunal (segundo percebi). Claro que, infelizmente, se queremos realmente uma protecção 100% à prova de bala, o melhor é registarmos oficialmente a obra. Em Portugal o mais usual é os autores das obras usarem entidades como a SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), a IGAC (Inspecção Geral de Actividades Culturais), ou mesmo em sites de registo de Copyright. Estes registos incluem, como devem imaginar, um valor monetário que pode não parecer tão simbólico em tempos de crise. No entanto convém estudar os prós e contras de registar a obra, ou até mesmo aderir a uma associação como a SPA, cujo intuito é também auxiliar os autores a lidar com editores dentro e fora do país. Infelizmente ainda não sei se a SPA faz o mesmo trabalho com autores que recorrem a auto-publicação, seja por via digital ou física (será algo que vou tentar averiguar brevemente). Algum de vocês tem experiência com isto?

 

Títulos

Por vezes julgo que o meu motto devia ser: «Quanto mais penso, mais burra confusa fico.». Alguns romances meus têm títulos dos quais pretendo me livrar assim que um outro, mais eloquente, surgir. Ou seja, são títulos provisórios.
Angel Gabriel” não é um desses títulos.
Quando tive a ideia original para esta história chamei-lhe “Blood Bound“, mas quando mais tarde decidi escrevê-lo (em 2008) senti que nada era mais perfeito que “Angel Gabriel“, um trocadilho com o nome das personagens principais que me parece que assenta como uma luva.
No entanto, desde há dois anos, algumas pessoas me disseram que o título é um pouco enganador e a verdade é que para sondar editoras tive que lhe acrescentar um subtítulo “Pacto de Sangue“, com medo que nem sequer olhassem para a história se pensassem que eu me estava a armar em intelectual a dar um nome estrangeiro ao livro.
Agora que planeio lançá-lo em Inglês, outro problema surge.”Angel Gabriel“, sozinho, funcionaria perfeitamente no mercado global, mas certamente que levaria os leitores a pensarem que se tratava de um romance com anjos, e não é esse o caso. A minha intenção não é, de todo, enganar os leitores, por isso cheguei a pensar regressar ao título original “Blood Bound“, do qual gosto bastante e que diz muito mais sobre o livro. No entanto, após uma breve pesquisa descobri que existem pelo menos uma boa meia-dúzia de best-sellers internacionais com esse nome. O meu livro afogar-se-ia no meio desses, certamente. Restava-me então usar “Angel Gabriel – Blood Bound” (em português “Angel Gabriel – Pacto de Sangue”), mas então tive de arranjar outro problema: achava o título extenso de mais.

Ok, eu não estou a fazer isto à espera de vender milhares (nem mil sequer), mas todos os que auto-publicam (quer em ebook ou noutro formato) pensam o mesmo: «Tenho de potencializar o alcance do meu livro.» e isso incluí cinco factores principais: Capa, Título, Sinopse, Revisão e Excerto. De preferência todos devem estar no seu potencial máximo e a verdade é que se prestarmos um pouco de atenção ao que vende lá fora, no género que escrevo, os títulos têm normalmente 1 ou 2 palavras (daí que não seja de espantar que muitos sejam repetidos).
Outras hipóteses para títulos, que me lembrei, foram: “Blood & Magic“, “Magic Bound“, “Unhidden“, “Angel Gabriel – Cursed” e mais alguns dos quais não gosto tanto.
Claro que a minha decisão pende para a minha zona de conforto. Acho que “Angel Gabriel – Blood Bound” é um bom título e quase de certeza que será esse que vou usar. Mas também gostava de saber o que vocês acham (para lá de todos deverem estar a achar que eu penso demais nestas coisas ridículas, porque isso eu já sei; Hehehe!). Qual é o vosso favorito? O que vos soa melhor?

 

Capas

Todos já ouviram certamente dizer »Não se julga um livro pela capa.» e certamente que todos os leitores já leram vários livros cujas capas eram atrozes e cujos conteúdos eram excelentes, ou o oposto (capa linda e recheio estragado), mas ninguém negará que uma capa bonita é a primeira coisa que chama a atenção do potencial leitor. E isto é tão verdade com o livro físico como com o livro digital, embora as regras divirjam um pouco.
Enqaunto no livro físico aquele que tiver mais relevo, mais cor, mais dourado, é possivelmente o mais chamativo; no mundo digital as coisas tendem a não funcionar assim. Muitas vezes uma capa que, impressa é lindíssima, na montra digital da Amazon passa totalmente despercebida ou é completamente ilegível. Vejam por exemplo este post no Dear Author ou leiam todo o blog do The Book Designer (indispensável para quem quer auto-publicar e fazer as suas próprias capas para poupar uns trocos).
Assim sendo, embora ainda não tenha tirado o tempo para me dedicar à capa de “Angel Gabriel” (estou focada nas revisões), tenho já algumas ideias e thumbnails. Para já nenhuma ideia me satisfaz completamente mas possivelmente vou fazer várias e decidir de entre elas, quando já estiverem mais compostas. Talvez até vos peça opinião. Que acham?
E a vocês, o que vos chama mais a atenção nas capas de livros? E nas capas de ebooks?

 

E por hoje é tudo o que tenho para vos falar. Sei que é muito pouco e que em certos aspectos pouco passei da superfície, mas também não quero falar daquilo que não sei. À medida que for descobrindo as coisas, vou-vos dando novidades. E se alguma coisa que eu disse estiver errada, por favor avisem-me para eu poder corrigir.

Obrigada a todos e deixem os vosso comentários, que são sempre apreciados.

 

Note: For a while now I have stopped translating my posts to English. For that I apologize. I intend to create a separate blog where I’ll write solemnly in English, therefore leaving this one for my Portuguese community of readers. Hopefully the other blog will be created soon.. Until then, please forgive the lack of translation.